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Defesa da Advocacia, Carta de Orlando Maluf Haddad aos Presidentes da OAB

Senhores Presidentes,
 
Na qualidade de advogado com história de permanente defesa dos colegas e da classe, venho relatar um fato assaz desagradável, a meu ver passível de imediatas providências e reflexões sobre a necessidade de valorização da advocacia perante a sociedade brasileira:
 
Na data de ontem (20/02) , ouvia o programa “Tres em um”, ao ar pela rádio Jovem Pan AM, das 17 hs. às 18 hs., quando dois dos protagonistas, de nomes Madureira e Andreazza, falando sobre os “advogados milionários que defendem réus na Lava Jato” , alcunharam a todos (indistintamente de “advogados de porta de cadeia” e, em seguida, expressaram o bordão segundo o qual “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”, em alusão às grandes quantias que eles afirmam serem cobradas dos clientes por tais profissionais.
A ofensa à classe é manifesta e atinge a honra de cada advogado que trabalha para ganhar sua vida, de cada profissional que empresta seu conhecimento e competência para defender direitos de quem necessita que se o faça.  Mais: atinge  a Ordem, considerando-se a importância, envergadura e investidura de natureza constitucional e legal da entidade.
Com tais levianas e ofensivas matérias bradadas a todo o ouvinte da prestigiosa emissora, incendeia-se a opinião pública contra a atividade advocatícia, num odioso oportunismo momentâneo e inescrupuloso (além de irresponsável) que visa auferir maior audiência e alimentar ódio à população em geral.
 
Nestas circunstâncias, solicito de suas eminências presidenciais  federal e estadual sejam determinadas enérgicas medidas contra os ofensores, para que doravante a Ordem e os Advogados sejam respeitados em todas as searas, instâncias e ambientes em que a mídia tiver influência.
 
Atenciosamente,
 
Orlando Maluf Haddad
O.A.B/S.P. nº 43.781
 
E.T.  Não patrocino nenhum cliente relativo à Operação Lava Jato.